segunda-feira, 9 de março de 2015

Lembranças vagas

Lembranças vagas

ROGEL SAMUEL

Certa vez, eu estava meditando no Puja noturno perto da porta quando senti algo que subia pela minha coxa direita – pensei que era o gato, mas era uma cobra. Infelizmente gritei, atrapalhando o Puja: a cobra se assustou...
Outra vez foi no mosteiro Zen de Ubiraçu: meditação noturna, de cara para a parede, vinha descendo uma aranha caranguejeira que sumiu na minha sombra... acabei vendo que se afastava, pela esquerda...
Nunca se soube de alguém atacado.
O Pedro Ernesto Madureira, que usava uma bombinha contra asma, confundiu-a durante a noite com um lagarto. Em vez de apertar o bombinha, apertava o lagarto..
Algumas vezes a família da Embaixatriz da Tailândia aparecia e fazia um banquete. O Embaixador cavou o lago.
Um dia apareceu por lá uma amiga chorando porque estava sendo processada e dizia que seria presa.
O Don mandou que ela fosse fazer a comida...
- Venerável, tenho de ir já para não perder a hora com o juiz, disse ela.
- Vá cozinhar! – ordenou o Don.
Depois do almoço, já mais calma, ela me disse: - - Perdi a audiência... estou perdida...
O juiz não apareceu naquele dia e o processo foi arquivado e desapareceu...









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