quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sete dias serão, Manaus, ó sete amadas





("Metaesquema", de Helio Oiticica)















Sete dias serão, Manaus, ó sete amadas


Rogel Samuel


Sete dias serão, Manaus, ó sete amadas,
Por que se integre à terra este cantor.
Ó monstruosas noites desamparadas
De mim se aparte a porta dessa dor.
O espelho dágua ostenta a aranha alada
Que me arrasta o interno aeroplano,
Tresloucada vespa, cristalizada
Inoculando o inferno do engano.
Mas chega de canção, Amor, que neste canto
As finas rimas dessa ladainha
Escondem teus morenos ombros de arpejos.
Ó franca zona! Do Teatro o manto!
Por sete dias tua canção é minha
Na invenção literária dos teus beijos.

6 comentários:

Jefferson Bessa disse...

Amigo, excelente. Um poema que pulsa a força de seu canto! Obrigado!

Um grande abraço.
Jefferson

Jefferson Bessa disse...

Gostei muito também da obra de Hélio Oiticica "Metaesquema" exposta aqui no seu blog!

Robson Ribeiro disse...

Lindo, Rogel!

Um dos melhores poemas que li ultimamente.

Grande Abraço!

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

obrigado, Jefferson Bessa, é um poema antigo, escrito antes de uma viagem a Manaus, viagem de 7 dias

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

obrigado, Robson Ribeiro, estarei postando meus antigos poemas aqui para os novos leitores (se os tenho) e agradeço o comentário e a leitura

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

Sim, encontrei esta obra de Helio Oiticica no meu micro, muito boa